terça-feira, 10 de abril de 2012

A Cinza das Horas


A Cinza das Horas
é um belo nome
para um livro de poemas.
Mas
A Cinza das Horas
também é um belo nome
para um crematório.
Crematório A Cinza das Horas.
A vida sobe
e desce a morte
por um elevador tétrico
num átimo, segundos,
e, em minutos,
anos são apagados,
átomos são reduzidos a pó.
Em um parque tão verde é
contrastante a chuva de cinzas
que cai cerzindo as horas
feito colcha e
cerceando os corpos
feito fogo.
A música toca e fico sem resposta.
Manuel Bandeira me diz para contar, trinta e três...


publicado originalmente em Há poesia em cada dia

Um comentário:

Mundo Leitor

É um mundo de palavras
rimadas ou não
pensadas, faladas
escondidas no coração

Mundo que é mágico
faz ser real a imaginação
Mundo que sonhei
E cantei numa canção

Mundo que é capaz
de me tirar daqui
Mundo que me dá paz
Pra dentro de mim posso fugir

Neste mundo me encontro
E as palavras me fazem um favor
Aqui eu sempre viverei
Aqui é o meu Mundo Leitor!


Autora: Dâmaris Góes

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