A Cinza das Horas
é um belo nome
para um livro de poemas.
Mas
A Cinza das Horas
também é um belo nome
para um crematório.
Crematório A Cinza das Horas.
A vida sobe
e desce a morte
por um elevador tétrico
num átimo, segundos,
e, em minutos,
anos são apagados,
átomos são reduzidos a pó.
Em um parque tão verde é
contrastante a chuva de cinzas
que cai cerzindo as horas
feito colcha e
cerceando os corpos
feito fogo.
A música toca e fico sem resposta.
Manuel Bandeira me diz para contar, trinta e três...
publicado originalmente em Há poesia em cada dia
publicado originalmente em Há poesia em cada dia
Muito bom! :-)
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