sexta-feira, 21 de maio de 2010

Morri de saudade.

A manhã despertou com uma leve suspeita de que a solidão rondou meus sonhos e vigiou a madrugada. Cobrei de mim sensatez e fechei os olhos para não sentir a ausência de uma companhia. E a solidão, sempre tão fiel e insistente, invadiu meu quarto com a essência de sua frieza e entrou sem pedir licença.
Vasculhei caixas à procura de cartas e os meus olhos ardiam enquanto eu admirava os retratos na parede, sempre tão cheios de cor, luz e contraste. O que posso fazer com tanta saudade? Talvez jogá-la pela janela ou vender em um mercadinho próximo?
Sem alternativas, me rendo e a saudade transborda aos olhos, posso sentir as lágrimas que vão trilhando caminhos pelo rosto gelado.
Faz frio aqui e sozinha eu vago pelos cômodos da casa. Pra onde foram todos? Onde estão os abraços, as companhias, as festas e os sorrisos? Onde você está, que nem em cartas eu encontro mais. O telefone no canto da sala, que não toca mais, já se tornou apenas um enfeite. Restam-me, ainda, as emoções encontradas nos livros de romance, que estão espalhados pelos cantos da casa.
E se amanhã eu não aparecer nos jornais e não cumprimentar o porteiro com um 'bom dia', saiba, eu morri de saudade.

Grafite


2 comentários:

  1. Li e achei muito bom, texto muito ótimo de ler! =D

    Boa Tarde!
    Bjos.

    ResponderExcluir
  2. Lindo seu blog também *-*
    To te seguindo também flor, nos dois blogs ;*

    ResponderExcluir

Mundo Leitor

É um mundo de palavras
rimadas ou não
pensadas, faladas
escondidas no coração

Mundo que é mágico
faz ser real a imaginação
Mundo que sonhei
E cantei numa canção

Mundo que é capaz
de me tirar daqui
Mundo que me dá paz
Pra dentro de mim posso fugir

Neste mundo me encontro
E as palavras me fazem um favor
Aqui eu sempre viverei
Aqui é o meu Mundo Leitor!


Autora: Dâmaris Góes

Leia também

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...