Como sentir o amor?
como descrevê-lo? como tê-lo?
é como um intenso calor
ou mais uma dor?
Procurei várias formas de terminar esse poema, mas nenhuma forma sou verdadeiramente como eu queria. Uns dizem: "é apenas uma cadeia de reações e sinalizações químicas estimuladas" outros dizem "é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontecente, é dor que desatina sem doer" eu até arriscaria "é um frio por dentro que aquece e dá a sensação de conforto, como um cobertor quente numa noite fria" ou "é um aperto forte no coração que sobe pela garganta até ficar preso nela" ou ainda "um sentimento, que não dá pra descrever, apenas... Sentir".
É pura contradição: é como uma sensação de liberdade, mas que aprisiona; é como uma dor, mas que alivia; é como uma um aperto, mas que tranqüiliza, é encorajador, mas também intimida. Meu eu poeta diz, "você tem que descrever" mas minha alma diz "você tem que apenas que sentir".
A verdade é que o amor é simples, veja, ou melhor, sinta: "Como a maciez da pele igual a veludo por entre os dedos; a visão de um sorriso, como um cego que vê o sol nascer depois de anos na escuridão; como sinos, trombetas e fogos? (^.^) não, como uma leve sinfonia que entra pelos ouvidos como água descendo a nascente, que ao mesmo tempo relaxa e excita com seu som; como o sabor de um café fresco, feito na hora, numa manhã linda de domingo enquanto os pássaros cantam e toda a vida continua lá fora; como um odor que até mesmo os anjos deixariam de sua imortalidade para sentir.
O fato é que desde o começo eu estava certo, nem os amadores, nem os cientistas, nem os poetas, por mais que façam milhões de poemas, até a extinção da humanidade, nunca vão descrever o amor por que ele é um sentimento, que não dá pra descrever, apenas... Sentir.
adorei o post.
ResponderExcluirbjs.