sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Epifania Eterna (EQM)




Enquanto a caneta corre o papel,
Batalhas são traçadas dentro de mim
E eu, com minhas asas de pedra,
Tento me erguer antes do fim.

Sinto que meu corpo aprisiona minh'alma,
Sinto que tudo se esvai com minha calma;
Calma que jaz definha, calma que não pertence mais a mim.

Nesse instante indescritível,
Por um momento me desfaço no ar,
Depois, imiscível, volto a mim
Num estranho lugar.

Um anjo me diz que morri e estou no céu,
Não vejo nada além de um branco e imenso véu.

A clareza que me ofusca, passa através do meu corpo,
Numa translúcida dança a que me expus;
Pergunto ao anjo o que me cega,
Ele diz que aquilo é a respiração de Deus, porque Deus respira luz.

De repente, quando tudo não mais fazia sentido,
Volto a mim como um ruído
Entre os sons que o trovão produz.

Percebo a minha e a sua existência
Vejo que na vida existe uma essência
E tudo que eu sempre procurei encontrar
se resume a uma palavra - ACREDITAR.
[imagem Vladmir Kush]

2 comentários:

Mundo Leitor

É um mundo de palavras
rimadas ou não
pensadas, faladas
escondidas no coração

Mundo que é mágico
faz ser real a imaginação
Mundo que sonhei
E cantei numa canção

Mundo que é capaz
de me tirar daqui
Mundo que me dá paz
Pra dentro de mim posso fugir

Neste mundo me encontro
E as palavras me fazem um favor
Aqui eu sempre viverei
Aqui é o meu Mundo Leitor!


Autora: Dâmaris Góes

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