sábado, 2 de janeiro de 2010

Mais uma história....

Capitulo 1: Interrogatório



Como vocês já leram aqui eu sou o Nando Targino, eu escrevo o Exilado. Meu projeto que quero transformar em HQ. A alguns dias eu estava com uma ideia na cabeça, e tive que passa-la para o papel (bem na verdade não é foi o papel,foi o teclado do pc que me serviu para exociza-la).
Então comecei a escreve-la,até comentei com algumas pessoas sobre ela,mas só agora comecei a escrever mesmo, não se preocupem não deixarei o Exilado de lado. Mas agora também vou escrever essa história,que não tem nada de sobrenatural,mas espero que vocês gostem,e se interessem. Ela engloba,politica,conflitos juvenis e claro a nossa revolta nacional para com nossos líderes. Ainda não pensei em um titulo,mas estamos trabalhando nisso...
Fiquem com o primeiro capítulo dessa história que quem sabe espero transformar em livro.


- Então você quer saber o que me fez começar tudo isso?

Foi o que Miguel perguntou para o delegado que o interrogava naquela sala pequena,que só tinha duas cadeiras, que cada um usava para sentar,uma mesa entre eles,uma luz fraca que mal iluminava o ambiente e aquele espelho de vidro na parede que ocultava os outros policias que registravam o interrogatório.

-Bem é essa a intenção do interrogatório – disse o delegado,quase soltando um pequeno riso pela pergunta irônica de Miguel.

- Eu vou falar como tudo aconteceu. Vou contar a história,mas isso não é por medo de tortura ou de qualquer outra coisa que vocês sejam capazes de fazer – disse Miguel com seu olhar empolgado,estendendo o corpo para frente para ver mais o rosto do delegado que estava ali para escuta-lo.

-Não brinca!Sério? - perguntava o delegado,que dessa vez não conseguia conter o seu riso, já fazia um bom tempo que o delegado acompanhava as manchetes que saiam sobre Miguel, ele ficava bobo com as manchetes que saiam nos jornais mostrando os atos daquele rapaz de 19 anos, que estava ali na frente dele, um rapaz incrivelmente inteligente que arquitetou um plano que abalou muita gente, alguns o chamaram de terrorista,outros de herói,outros de louco,mas o delegado que estava ali o considerava um piadista desde o momento que encarou os olhos castanhos debochados daquele rapaz, que tinha menos da metade da sua idade, pele pálida,e cabelos castanhos que chegavam até a sua nuca. Parecia um garoto que não saberia se virar dentro de uma cadeia. Pelo menos seria o que alguem poderia pensar sobre ele,se não o conhecesse.

-É,vou contar minha história para poderem registra-la,para poder inspirar alguem algum dia se já não inspirou.

Miguel até abria um sorriso quando dizia isso,quando falava do impacto dos seus atos,quando falava das coisas que fez para os brasileiros quererem sair de seus sofás e não ficar só assistindo indignados as noticias de corrupção que viam nos jornais todas as noites. Dava para ver no brilho de seus olhos, que ele estava doido para falar,para contar sua história,dizer os bastidores de todos aqueles atos que viraram noticias em jornais,televisão e rádio.

-Bastante sangue você derramou com aqueles seus amiguinhos, você se esqueceu de dizer isso,não acha rapaz? - dizia o delegado olhando para Miguel com um olhar frio e sério,totalmente oposto as risadas que ele dava a alguns segundos atrás.

-Tem razão,matamos pessoas,mas nenhum inocente! Só matamos políticos corruptos que estavam envolvidos em escândalos,você sabe disso! E também juizes e policias que aceitavam propina,e alguns sindicalistas que queriam saber mais das suas contas privadas do que os direitos dos trabalhadores que eles deveriam proteger - foi o que Miguel disse para rebater a acusação do delegado,depois ele olhou fixamente para aquele homem, não queria só mostrar o seu lado da história,mas queria fazer o homem que estava ali na sua frente pensar como ele ,e continuo falando.

-Me diga doutor delegado,você acha o que fiz errado?! Hein?! Seja franco!

Quando Miguel disse isso,o delegado levantou,segurou ele pelos cabelos e inclinou sua cabeça para trás com severidade e disse no seu ouvido:

-Não interessa o que eu acho,ou deixo de achar. Eu sou um homem fazendo o meu trabalho. Você roubou,ameaçou e matou pessoas e eu sou o homem que está aqui para escutar a sua confissão, sou aquele que está aqui para escutar como você fez tudo isso, para depois o trancarmos na cadeia e jogar a chave fora,seu projeto de Che Guevara.

Dito isso ele soltou a cabeça de Miguel e voltou para sua cadeira.

-Não precisamos ser brutos um com o outro,eu vou contar tudo que quiser saber não se preocupe. - dizia Miguel na maior serenidade,como se não tivesse acontecido nada,mas no fundo estava zonzo pelo puxão de cabelo que foi feito com bastante força e bastante velocidade e acabou o desorientando.

-Vai começar ou não? Estou aqui para escutar uma história,não quero que você fique enrolando o dia todo.

-Está certo doutor delegado,então prepare os lápis para anotar,as fitas para gravar e os ouvidos para escutar. Porque eu vou contar a minha história.







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Mundo Leitor

É um mundo de palavras
rimadas ou não
pensadas, faladas
escondidas no coração

Mundo que é mágico
faz ser real a imaginação
Mundo que sonhei
E cantei numa canção

Mundo que é capaz
de me tirar daqui
Mundo que me dá paz
Pra dentro de mim posso fugir

Neste mundo me encontro
E as palavras me fazem um favor
Aqui eu sempre viverei
Aqui é o meu Mundo Leitor!


Autora: Dâmaris Góes

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