Para sempre
Hoje me perdi pelas ruas da cidade. Não sei o que queria encontrar ao certo. Sei que buscava um rosto, um único rosto. A busca era em vão. As pessoas refugiavam-se em suas roupas de frio, sob seus negros guarda-chuvas. E eu lembrava a chuva. Ah, a chuva que testemunhou tantas vezes nossas trocas de carícias, a cumplicidade sob os lençóis em tardes frias. Sim, amada. Mas foi a chuva também que testemunhou sua última tarde ao meu lado.
Tortura-me este passado. Lembrar que me deixaste para uma vida inteira apenas de saudade traz culpa. Culpa pelo ódio. Ódio de ter deixado você ter sido a primeira a enfrentar o sacrifício que é a morte.
- Não tenha medo... Estou bem... Estarei bem porque me amas...
E soltaste minha mão. Recordo bem, ainda que me entregasse ao martírio de perder-te. Quisera perder a razão. Quisera ser nobre como você foi... Quisera também acreditar que tudo um dia voltaria à paz.
Responda-me? Teria paz sabendo que sofro?
Egoísmo meu. Sou um monstro. Um monstro por odiar você na morte. Odeio-te por não poder voltar pra mim...
Mas serei nobre, ao menos uma vez. Procurarei também a minha paz. E quando alguém ler isto, eu já terei ido para seu lado. Para um sono mais que duradouro.
Amada, melhor fugir desta vida!
Hoje me perdi pelas ruas da cidade. Não sei o que queria encontrar ao certo. Sei que buscava um rosto, um único rosto. A busca era em vão. As pessoas refugiavam-se em suas roupas de frio, sob seus negros guarda-chuvas. E eu lembrava a chuva. Ah, a chuva que testemunhou tantas vezes nossas trocas de carícias, a cumplicidade sob os lençóis em tardes frias. Sim, amada. Mas foi a chuva também que testemunhou sua última tarde ao meu lado.
Tortura-me este passado. Lembrar que me deixaste para uma vida inteira apenas de saudade traz culpa. Culpa pelo ódio. Ódio de ter deixado você ter sido a primeira a enfrentar o sacrifício que é a morte.
- Não tenha medo... Estou bem... Estarei bem porque me amas...
E soltaste minha mão. Recordo bem, ainda que me entregasse ao martírio de perder-te. Quisera perder a razão. Quisera ser nobre como você foi... Quisera também acreditar que tudo um dia voltaria à paz.
Responda-me? Teria paz sabendo que sofro?
Egoísmo meu. Sou um monstro. Um monstro por odiar você na morte. Odeio-te por não poder voltar pra mim...
Mas serei nobre, ao menos uma vez. Procurarei também a minha paz. E quando alguém ler isto, eu já terei ido para seu lado. Para um sono mais que duradouro.
Amada, melhor fugir desta vida!
Texto escrito ao som de 'Ever' - Lacrimas Profundere
Eu que tenho que agradecer por vc ter aceitado.Vlw apena ter te convidado.
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