Autora: Laura Lee Guhrke
Editora: Essência
Páginas: 344
ISBN: 9788576653837
Sinopse:
Filha ilegítima de um
príncipe e de uma famosa cortesã, Lucia viveu confinada em escolas e conventos
durante a maior da vida. Mas, essas experiências não a impediram de provocar um
escândalo depois do outro. Exasperado, o príncipe Cesare de Bolgheri decide que
a filha deveria se casar o quanto antes.
Para arranjar o
casamento, Sir Ian Moore, o mais respeitado diplomata britânico, é chamado às
pressas. De volta à Inglaterra, ele promete a si mesmo que achará um marido
para Lucia, mas logo vê que sua experiência de diplomata talvez não seja
suficiente para quebrar a resistência da moça.
Não importa o estilo, toda garota, seja roqueira, estudiosa, otaku
ou musical; no fundo todas buscam alguém para compartilhar os distintos e
inusitados acontecimentos da vida, que seja amigo, confidente e leal. Um homem
que se transformará em seu príncipe encantado e com quem viverá feliz para
sempre. Mas a dura realidade é que são raros esses tipos de homens; então ocorre
uma grande frustração quando nosso suposto príncipe se revela um sapo. As
garotas que sempre persistem e não deixam de procurar, a recompensa vem na
forma de alguém muito especial, que mesmo possuindo alguns defeitos, não largará
sua mão, seguindo sempre ao seu lado.
E é esse o lado bom dos livros românticos, pois com eles podemos
embarcar em uma história cheia de amor e paixão enquanto não encontramos o
nosso “amado príncipe”... E nesse gênero literário posso destacar esse livro
que me marcou para sempre: Muito Mais Que
Uma Princesa. Esse romance histórico que se passa em uma época tranquila,
mas com uma sociedade rígida, onde a hierarquia define quem você é e quais são
as suas obrigações. Uma época em que ocorrem grandes eventos, bailes e o
desfile de trajes elegantes e ricamente produzidos (sobretudo os vestidos).
Logo no inicio é apresentada a protagonista da história,
Lucia, uma jovem de vinte e dois anos que possui uma beleza que desconcerta
todo homem, sendo também inteligente e astuta demais para os padrões impostos
pela sociedade. Filha ilegítima de um príncipe, Lucia sempre aprontou (e
aproveitou) a vida com muitas emoções, experiências e quebrando regras, provocando
como consequência um escândalo atrás do
outro e “esfregando” tudo na cara do pai que sempre a viu como um problema...
“— Eu gosto de agitação,
de excitação, e há uma certa excitação em desrespeitar as regras. O fato de me
proibirem de fazer alguma coisa me dá uma enorme vontade de fazer exatamente
aquilo.” (Pág. 22)
Não suportando mais as confusões provocadas pela filha
bastarda, o príncipe Cesare busca a ajuda do diplomata Sir Ian Moore para casar
a jovem problemática em seis semanas. Apesar de não apreciar sua nova função,
Ian Moore tenta fazer seu dever e se livrar desse atraente e belo problema
italiano o quanto antes, porém Lucia apresenta uma imposição que dificultará o
trabalho desse respeitável diplomata: ela só aceitará se casar com um homem que
ela ame e que também a amasse. Não acreditando nisso, Ian procura, com seus
discursos diplomáticos convencê-la a fazer o que é sensato (e também facilitar
o seu dever). Mas como toda mulher, Lucia se nega a abrir mão de seus
sentimentos e ideais apenas para seguir as regras de seu pai e do diplomata
inglês.
Com a felicidade dela e o dever dele em jogo, ambos entram em
um confronto de vontades, lutando por aquilo que acreditam ser o melhor, onde
um tentará dominar o outro e alcançar seu objetivo utilizando suas armas: Lucia
com sua beleza e esperteza, Ian com seu auto controle e frieza diplomática.
“Ela correu intencionalmente
os dedos pela clavícula nua. O movimento conseguiu atrair a atenção dele para
baixo, e o ar sorridente desapareceu de seu rosto. (...)
— Qualquer homem que
ache que a senhorita é uma fava contada — disse ele, erguendo o olhar impassível
para o rosto dela — é um tolo.
Encorajada pela tensão
que percebia em seu tom, ainda que o rosto se mantivesse inexpressivo, Lucia se
aproximou um pouco dele.
— O senhor é um tolo,
Sir Ian?
Ele permaneceu
rigidamente imóvel ao lado dela, com as mãos agarradas uma à outra nas costas e
a expressão implacável.
— Não, Miss Valenti, não
sou. De forma que, sejam quais forem os esquemas que a senhorita esteja
tramando nesse seu cérebro esperto, ponha-os de lado e pare de ser coquete
comigo.” (Pág. 95)
Mas o que eles não sabem, é que no meio dessa guerra, uma faísca
pode surgir e provocar um intenso fogo de desejo que abalará a vida dos dois de
uma forma que nenhum deles acha possível.
A todas as garotas eu recomendo Muito Mais Que Uma Princesa, apesar
de sua previsibilidade, o livro não deixa de ser uma fonte de suspiros e emoções;
trazendo um duelo entre a razão e a emoção, demonstrando que é preciso tomar
decisões difíceis para alcançar o amor e a felicidade que se deseja e suportar
muitos obstáculos durante esse caminho.
Ana, adorei sua resenha e este é um dos meus temas preferidos na leitura adoro romances históricos com mocinhas voluntariosas que deixam o mocinho de queixo caído rsrs, estes são os melhores. Ele com certeza entrou para minha lista de desejados.
ResponderExcluirBjus
Val
Brilho das Estrelas