Dez dias sem você

Meu riso se desfaz rapidamente quando percebo que não está aqui, mas se renova ao lembrar dos dias juntos. O céu está nublado, tempo chuvoso, garoando apenas e transmitindo a insatisfação de não te ter por perto. O sol se esconde, não aparece e parece que só gosta de mostrar-se a você. Iluminando, clareando e bronzeando sua pele cheirosa. Cheiro que minha mente gravou; fica fácil senti-lo ao fechar os olhos e respirar profundo.

Você é assim, raio de luz, garantia de felicidade, riso descontraído e sincero. Não vou dizer que estou morrendo por não ter você perto; são dez dias sem você ao lado e apenas o começo de outros tempos. Tempos de ficarmos juntos, vivermos muito e muitas coisas.

Sinto saudade sim e não negaria de forma alguma. Eu quero sentir seus lábios e sua boca me mordendo como se eu fosse um aperitivo excepcionalmente delicioso. Eu quero matar a tentação, a loucura e ter você em cima de mim, querendo render-me por completo, tentando deixar-me sem ação e intensificar o grito das almas se unificando. Eu quero poder olhar nos seus olhos com aquela sensação de caçador nato e como se você fora uma presa da qual eu me delicio todos os dias.

São apenas dez dias sem você, mas parece um ano longo e chato que não passa. São duzentas e quarenta horas distantes, quatorze mil e quatrocentos minutos, oitocentos e sessenta e quatro mil segundos vividos sem você aqui, fazendo-me carinho da sua maneira, rindo das minhas idiotices e aprendendo a ser engraçada.

Dez dias sem você e parecem dez anos...

Joá Jr.