Entrevista com Mag

(capa do novo álbum de Mag)

Muitos entrevistadores poderiam apagar e editar algumas perguntas ou cancelar está entrevista por achar que as respostas vieram em um tom ofensivo. Mas sabe por que não fiz isso ? Por que é de caras assim que o Brasil precisa, do tipo sincero. Obs* entrevista sem nenhum corte ou correção ( achei que ficaria melhor assim)

ML- Você é musico desde os cinco anos de idade. Quem foi a maior influência pra você já começar tão cedo no mundo da musica?

Mag - No início eu era obrigado a estudar música pelos meus pais pelo fato de ser moda na igreja os filhos de pastores terem essa atividade. Hoje com maturidade observando as coisas por outro ângulo eu percebo que nada daquilo era pensado e sinto que era por puro status dos meus pais me verem cantando na igreja ao lado de uma galera conceituada. Na minha casa nem de música eles gostavam, não me lembro de meus pais passando tempo ouvindo música boa ou me dando referências de grandes músicos como Ray Charles, George Benson, Al Green ou Daina Ross. Nem sei como isso aconteceu só me lembro que não gostava de música pelo fato de ser obrigado a fazer uma coisa que nem sabiam ao certo o propósito daquilo tudo.  

ML- Da onde surgiu a idéia de fundar o Facção Central?

Mag - Isso dá um livro cara mas resumindo tudo eram 3 gangues de SP que viviam em brigas semanais, e sempre fui um cara visionário enxerguei em 2 caras um talento paranormal para o sucesso foi quando os convidei para fazer o grupo definitivo pois já havia passado por 3 formações mas não tinha raiz nos meus propósitos.     

ML- Você já passou por duas bandas, o grupo gospel Ary Zendron aos 13 anos de idade, e o grupo de rap Facção Central. Qual foi o principal fator para você deixar o mundo gospel e começar como Rapper?

Mag - No Gospel a hipocrisia, e me tornar Rapper naquela época me dava a impressão de mudar o mundo, depois eu vi que era só a impressão e que eu era nada mais que um garoto sonhador e ingênuo     

ML- Conte-nos como é tocar duas guitarras e ainda cantar ao mesmo tempo.

Mag - Eu estudo com a força de vontade amparada do dom que resumindo não me levou a nenhum lugar, e só depois entendi que se eu fosse branco de olho azul eu seria considerado um fenômeno mas era apena um neguinho feinho e magro. As pessoas não querem talento demais vindo de um cara como eu,  se elas pudessem elas me matavam e colocavam meu talento no filho delas e ai sim seria legal dar honras a um gênio branco.  

ML- "Nunca imaginávamos que fosse chegar a 3 milhões de downloads com essa brincadeira", foi a sua frase quando percebeu que suas musicas alcançaram 30 mil downloads da internet. Esse foi o Boom de sua carreira?

Mag - Minha carreira nunca deu Boom pelos motivos da resposta acima e quanto ao números isso nunca significou nada pra ninguém me lembro outro dia 2 cantores sendo considerados fenômenos virtuais com menos de 100 mil downloads. Detalhe: Eles eram brancos   

ML - Em 2006 você realizou um álbum promocional chamado "Pra quem tá na Pista: Obrigatório", pode se dizer que esse já foi o início do projeto do seu álbum oficial chamado Super-Heróis Urbanos, lançado no ano seguinte?

Mag - Cara na realidade nunca senti que nada foi oficial na realidade nesse país de merda nada que se faz tem reconhecimento acredito que fiz por quê tinha que ser feito mas nunca senti a sensação de realização por quê os projetos bem aceitos aqui são todos da panela. Os fãs por sua vez são fãs de boca que hoje justificam a pirataria pra não consumir os produtos originais, enfim tudo é muito loco e desestimulante sacou?              

ML - Diga-nos as parcerias e as musicas que você cantou que você mais gostou ?

Mag - rsrsrs!!! Gostar de alguma coisa é o que eu mais quero hoje em dia de verdade, sentir algumas sensações que a vida me tirou, fazer as coisas sem precisar obter resultados pelo simples prazer da vida, quando isso acontecer eu te falo.       

ML -Agenda:

Mag - Seria burrice despertar a inveja dos fracassados   

ML - Uma mensagem para os fãs.

Mag -Você é meu fã? Hã?   

ML - Uma rima ai pro mundo leitor.

Mag - Não faria da minha arte algo vulgar como vejo essas batalhas de mc´s que ficam rimando qualquer coisa ou assunto, essa atitude me lembra algumas atrações circenses ou cantores de barzinho como eu msm já fui um cantando as solicitações sem propósito algum!  Eu trato o Rap como música e música com muito respeito e nem assim ela me devolve o msm, vc me entende né?  

ML - E para finalizar quero muito te agradecer Mag pela entrevista concedida a nós. O que achou do mundo leitor?

Mag - Eu que agradeço e vou procurar conhecer mais o trabalho de vcs muito obrigado pelo carinho